O procurador-geral da República, Augusto Aras, fez, nesta quinta-feira, 19, pela primeira vez, uma defesa pública do sistema brasileiro de votação , em contraste com as falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo Aras, a PGR nunca encontrou provas de fraude nas urnas e ainda atestou a legitimidade de todas as eleições. “O procurador-geral da República participou, na minha gestão em especial, de todos os atos pertinentes às eleições, legitimando as eleições”, disse.
Aras, que é um aliado ferrenho do presidente, rebateu as críticas de que tem sido omisso em relação a Bolsonaro. “Não houve em nenhum momento nenhuma omissão do procurador-geral da República”, afirmou, em uma entrevista relâmpago de 13 minutos concedida ao jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o procurador, as críticas vêm de pessoas que não conhecem as leis.
“A diferença que pode estar surpreendendo o jornalismo é um procurador que não aceita fazer política, é um procurador que tem o compromisso de cumprir a Constituição e as leis.”
Ao final da conversa, questionado sobre como quer que seu nome entre na história, Aras disse para conferir o seu currículo na plataforma Lattes e partiu sem se despedir.
A conversa ocorreu horas depois de os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentarem ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma notícia-crime contra Aras para que ele seja investigado por prevaricação.