
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a questionar o modelo de ensino superior no Brasil, diante da atual realidade econômica do país e a alta de desemprego.
Segundo o pastor, que discursou novamente em defesa dos cursos técnicos, muitas vezes o jovem não consegue arcar com as parcelas do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), pois após se formar não consegue trabalho.
“Que adianta você ter um diploma na parede, o menino faz inclusive o financiamento do Fies que é um instrumento útil, mas depois ele sai, termina o curso, mas fica endividado e não consegue pagar porque não tem emprego”, declarou o ministro em evento no interior de São Paulo.
“No entanto, o Brasil precisa de mão de obra técnica, profissional. E aí depois o moço ou a moça, elas fazem esse curso, arrumam um emprego, e depois falam: ‘O que eu gostaria mesmo é ser um doutor. Eu fiz um curso técnico em veterinário, já tenho um emprego, mas eu quero ser um médico veterinário'”, justificou.
No último dia 9, em entrevista à TV Brasil, Milton afirmou que a universidade, na verdade era para “poucos”, e que as “vedetes” do Brasil deveriam ser as escolas técnicas.
“Tenho muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber porque não consegue colocação devida. Se fosse um técnico de informática, conseguiria emprego, porque tem uma demanda muito grande”, disse o pastor, que acumula polêmicas no seu currículo.
Recentemente, se desculpou publicamente após se posicionar de forma preconceituosa sobre crianças com deficiência que, segundo ele, por vezes tornavam “impossível a convivência”.