Carla Zambelli depõe à PF sobre manifestações marcadas para 7 de setembro

Por Redação
4 Min
Carla Zambelli é deputada federal pelo PSL

A deputada Federal Carla Zambelli (PSL-SP) presta depoimento neste domingo (5) à Polícia Federal sobre o inquérito instaurado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) pelo chamado de atos antidemocráticos de 7 de setembro.

A parlamentar reclama que não teve acesso aos autos do processo.

Nesse mesmo processo, o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como zé Trovão, teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República.

Além dele, a PF prendeu preventivamente o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza em um hotel em Brasília.

Macedo gravou vídeos convocando pessoas para participar de um ato no próximo dia 7 de setembro.

as redes, Zambelli postou uma “carta aberta aos brasileiros”, onde ela comenta, mais uma vez, sobre as manifestações que devem ocorrer no dia 7 de setembro, Dia da Independência. A deputada insinua também, que a oitiva, marcada para domingo (5/9), teve data escolhida para intimidar os protestos.

“Mesmo sem ter acesso aos autos, em respeito à Polícia Federal e a Constituição, me farei presente. É certo que para mim, o mar ficará agitado após essa oitiva, mas nada impedirá que mantenha minhas convicções e acredite naquilo que sempre defendi”, escreveu.

Carta aos brasileiros

Na data de hoje fui intimada pela Polícia Federal a prestar depoimento nos autos do INQ4879/STF, por ordem do Ministro Alexandre de Moraes.

A ordem determina que minha oitiva se realize até domingo, amanhã, ou seja, antes do dia 07/09/2021.

Na carta, Zambelli relembra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e as manifestações de 2013.

“Aproveito esse momento para relembrar ao povo, que por sua vontade, sem quebrar qualquer vidraça, retiramos uma Presidente da República do Palácio do Planalto. É com esse mesmo espírito que conclamo a todos meus amigos eleitores e cidadãos brasileiros a comparecerem às manifestações da Nova Independência com o propósito de pacificar o país, unir o país em prol da defesa da Constituição e das liberdades, sem qualquer ato de violência ou ataque a quem quer que seja”, disse.

As manifestações do dia 7 de setembro foram inflamadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nos últimos meses, ele vem falando para apoiadores que ganhou as eleições presidenciais de 2018 em primeiro turno.

Para o presidente, as eleições foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações de Bolsonaro resultaram em uma briga do chefe do executivo com o presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso.

Barroso defende que as eleições são justas e que as declarações do presidente não passam de fake news.

Após diversos xingamentos direcionados a Barroso, ao TSE e também ao STF, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.

A ação implodiu uma verdadeira “guerra” contra o Supremo. Agora, apoiadores do presidente marcham para Brasília para protestar contra a Corte, pedir o voto impresso e auditável, o impeachment de Barroso e Moraes, e caso a Corte não caia, a implantação de um regime militar.

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