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Jean Wyllys diz que volta ao Brasil se Lula vencer a eleição

Jean Wyllys afirmou que Lula vai precisar de gente como ele para “reconstruir o Brasil” e que saiu do país para ficar vivo – Foto: Reprodução Redes Sociais

O ex-deputado federal Jean Wyllys, que renunciou ao mandato e deixou o Brasil após ser ameaçado de morte, em 2019, diz que pode retornar ao país se o pré-candidato do PT à Presidência, Luís Inácio Lula da Silva, vencer as eleições em outubro.

“O Lula vencendo, eu volto porque eu vou fazer parte da reconstrução. O Lula vai precisar de muitos braços, inclusive no Parlamento. Eu espero que sejam eleitos muitas deputadas e muitos deputados de esquerda, centro-esquerda e da direita civilizada. Então, pelo amor de Deus, figuras do naipe de Arthur Lira não podem ser reeleitas, sobretudo depois do papel que ele desempenhou nessa ruína. O Lula vai precisar de gente como eu e de gente que está disposta a reconstruir o país, cada um no seu papel”, disse Wyllys em entrevista à Carta Capital.

Em outro momento da entrevista, Wyllys lembrou os motivos que o levaram a deixar o país. Ele contou que a Polícia Federal não fez nada mesmo após ele denunciar por 17 vezes ter sofrido ameaças de morte por apoiadores de Bolsonaro.

“Diante dessa negativa, da vitória de Bolsonaro e da armação da extrema direita de me relacionar ao suposto atentado que ele sofreu em 2018, ficou claro para mim que o ambiente não era mais seguro e algo aconteceria comigo. Tudo me mostrou que o Brasil ia piorar drasticamente. A minha alternativa, para continuar lutando pelo Brasil e vivo, era sair”.

Ele também avaliou a pré-campanha dos candidatos e criticou parte da imprensa que, ao manter uma antipatia por Lula, beneficia Bolsonaro.

“É hora de responsabilidade e a imprensa não tem sido responsável. Em busca da terceira via, desse Santo Graal, ela vai fortalecendo o bolsonarismo. E isso é seríssimo, porque se o Bolsonaro vence acabou o Brasil e acaba para muita gente da imprensa. É hora dessa imprensa ser responsável. Há tempo para produzir um candidato até a próxima eleição. Mas, pelo amor de Deus, vamos nos livrar do fascismo”, explica.

Apesar do clima tenso estimulado por Bolsonaro contra o processo eleitoral, Wyllys não acredita que haja condições de um golpe prosperar.

“Internacionalmente, não há ambiente para esse golpe. O país que poderia apoiar o golpe, os Estados Unidos, não tem interesse. Eles têm seus problemas, que é o trumpismo. A América Latina não apoia. A União Europeia muito menos. Então, o golpe implica enfrentar essas questões internacionais. Eles podem até fazer porque são estúpidos, mas não vai durar muito tempo, porque haverá reação interna dessa multidão que quer um outro país de volta”, destaca.

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