Na entrevista ao Jornal Nacional nesta segunda-feira (22/8), o presidente Jair Bolsonaro (PL) recorreu novamente à estratégia de anotar palavras nas mãos para tentar chamar a atenção do público para pautas que dificilmente seriam abordadas pelos jornalistas.
Desta vez, o atual chefe do Palácio do Planalto levou anotado na mão esquerda quatro tópicos que puderam ser vistos por quem acompanhava a sabatina do candidato à reeleição: Nicarágua, Argentina, Colômbia e Dario Messer.
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Os três primeiros são países comandados por presidentes de esquerda. Já Messer é um doleiro que, em delação premiada, disse ter feito entregas de dólares para integrantes família Marinho, dona das Organizações Globo.
O destaque na mão do presidente era o garrancho com a inscrição “Nicarágua”. O país latino-americano enfrenta um racha com a Igreja Católica, no qual o presidente Daniel Ortega é acusado de mandar prender um bispo crítico ao seu governo.
Nas redes sociais, aliados de Bolsonaro tentam associar Ortega a Lula para pregar que, se eleito, o petista pode iniciar conflitos semelhantes com religiosos. Especialmente com os evangélicos, uma das bases eleitorais do atual presidente brasileiro.