Os partidos do Centrão já avisaram ao PT e ao governo Lula, que fizeram uma contagem preliminar do número de votos que poderia ter a PEC da Transição na Câmara e chegaram, no fim de semana, ao número de 247 apoiadores – placar insuficiente para a aprovação da medida (são necessários 308). Aqueles que ainda não apoiam, endurecem a negociação e cobram cargos no governo.
O União Brasil, que não aderiu a base de Lula, é quem mais dificulta a negociação. O partido ainda deve assumir a relatoria da proposta na Câmara. O objetivo é conseguir um ministério aos deputados da sigla. As informações são do Estadão.
O deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) segue em busca do controle do Ministério de Minas e Energia, mas não recebeu convite do PT. O União Brasil também interesse no Desenvolvimento Regional, que tem a Codevasf sob seu guarda-chuva. Sob a gestão Bolsonaro, a Codevasf foi alvo de denúncias de irregularidades.
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Na segunda-feira, 12, durante a diplomação de Lula, no Tribunal Superior Eleitoral, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse a petistas que a “PEC estava com problemas”. Com isso, o presidente eleito deve conversar com Lira ainda nesta terça-feira, 13, para decidir a votação da PEC.
A PEC da Transição é negociada pelo futuro governo Lula desde novembro como forma de driblar o orçamento enviado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), furando o teto de gastos para cumprir promessas da campanha de Lula. O texto foi aprovado no Senado na semana passada, retirando o Bolsa Família (que irá substituir o Auxílio Brasil) do teto de gastos por dois anos.