A Câmara Municipal, que teve um dos piores semestres da história da casa em termos de produção e resposta positiva do Executivo, não poderia encerrar o ano sem dar mais uma clara demonstração de pouca ou nenhuma preocupação com a educação ou o futuro da população que elegeu os vereadores para representá-los e defender os interesses sociais.
Numa sessão convocada extraordinariamente pelo Chefe do Executivo, os edis tomaram a estapafúrdia decisão de reduzir de 24 para 12 o número de ônibus estudantis que, no passado, servia apenas aos universitários.
Mais uma vez, como aconteceu com o fechamento do atendimento de emergência e urgência do antigo posto Luiz Viana Filho, hoje Multiclínica que nem sempre tem médico ou ambulância, o argumento do Prefeito Sargento Francisco foi diminuição de custos, redução de gastos.
O mais grave é que, horas antes, a mesma casa recebeu um projeto que criava mais cinco Subsecretarias com despesa mensal de R$ 17.500,00 (dezessete mil e quinhentos reais) sem os acréscimos de RTI, ou CET e assessores e encargos sociais que podem elevar o valor para mais de R4 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Dos 16 vereadores na casa – Rosana de Bobó não esteve -, apenas os de oposição – Rita Loira e Dr. Pitagoras – votaram contra. Todos os outros 14 foram a favor da redução.
Um momento inusitado foi quando a vereadora Rita Loira citou que, apesar de defender a diminuição, a líder do governo, Marivalda da Silva, foi uma das beneficiadas, pois se formou em advocacia utilizando o ônibus universitário que agora ela votou em reduzir.
Outra decisão é que fica limitado a 200 o número de universitários e a 100 a quantidade de alunos do ensino técnico, incluídos no programa. O projeto foi e voltou pelo menos duas vezes para a Prefeitura modificar o texto por erros de conteúdo.