Marcelo Nilo é favorito na eleição para presidência da Assembleia Legislativa

Por Redação
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Marcelo Nilo se mostra confiante e afirma que tem 13 partidos na sua base de apoio | FOTO: Reprodução |
Marcelo Nilo se mostra confiante e afirma que tem 13 partidos na sua base de apoio | FOTO: Reprodução |

As eleições para a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia ocorrerão na próxima segunda-feira (02), e os candidatos Marcelo Nilo (PDT) e Rosemberg Pinto (PT), ambos da base governista, seguem firmes com suas articulações nesta reta final. Apesar de ser dada como certa a reeleição de Nilo, que, caso eleito, partirá para o quinto mandato consecutivo, completando dez anos no posto, Rosemberg afirma que já se sente vitorioso por ter aberto debate sobre a necessidade de alternar o poder no Legislativo baiano. Nos bastidores, o clima é de acirramento e correria para os próximos cinco dias. Há quem diga que o fato de o voto ser secreto está causando tensão entre os candidatos, sobretudo, devido a uma possível reviravolta dos colegas governistas na hora da votação.

Tanto o fim da reeleição quanto a retirada de Nilo do cargo já eram assuntos que vinham sendo discutidos internamente por petistas. A decisão de lançar o parlamentar do PT foi unânime por parte do diretório estadual da sigla. O governador Rui Costa (PT) já garantiu que não irá interferir na disputa. “Já me sinto vitorioso porque consegui abrir o debate na sociedade. Hoje, as principais instituições têm ligado para mim, como o Ministério Público. Já me reuni com conselheiros do TCE e do TCM, então, todas as instituições de controle estão falando da necessidade de ver o processo democrático consolidado”, disse ao jornal Tribuna da Bahia.

Buscando reuniões diariamente com os colegas, o petista critica a possível permanência de Nilo na presidência ao afirmar que dez anos no cargo “é ruim para a democracia”. “Precisamos ter a possibilidade de votar em outros nomes. Não existe nenhum mandato de dez anos. Senador, que é o maior mandato, é de oito anos. Precisamos acabar com isso, porque é ruim para a democracia e, é lógico, quando não se tem um regramento que define isso, quem está sentado na mesa tem obviamente uma capilaridade maior do que qualquer outro”, disparou. Segundo o petista, a expectativa é positiva e conversas têm sido realizadas por ele com os deputados todos os dias. Rosemberg acredita que sua candidatura é uma possibilidade da sociedade baiana voltar a dar credibilidade para a Assembleia, que, na opinião dele, precisa ser gerenciada por todos de forma proporcional.

“A minha pauta é voltada à defesa da Casa, de transformar a Assembleia numa instituição mais ágil, que tenha uma interação maior com a sociedade. Precisamos que a sociedade volte a ter respeito pela instituição. Perdemos muito a credibilidade”, disparou. O deputado do PT acrescentou ainda que, como presidente, pretende retomar os debates sobre temas pertinentes à população, com a presença de representantes da sociedade civil organizada. “Precisamos criar uma grande compactação na Casa. Todos os partidos precisam estar dividindo a gestão da Casa. Alem do mais, precisamos também fazer com que a Casa volte a fazer um debate temático sobre os grandes temas”, destacou.

Já o deputado Marcelo Nilo se mostra confiante e afirma que tem 13 partidos na sua base de apoio, num total de 53 deputados do seu lado. Sobre a necessidade de alternar o poder, conforme afirmou o seu adversário no pleito, Nilo afirma que “a alternância significa o direito de todos”. “A alternância pra mim é o direito de todos. Ele (Rosemberg) vai ter o mesmo direito que eu vou ter segunda-feira no voto. Os deputados são livres para votar em quem acham que deve ser o presidente”.

Líder da bancada governista na Assembleia, o deputado Zé Neto (PT), ao contrário do que circula nos bastidores, afirmou à Tribuna que o clima é de tranquilidade na Casa e disse preferir se distanciar do almoço que será realizado pelo PT, na segunda-feira, para selar a candidatura do correligionário. “Não quero maior envolvimento porque sou líder do governo, trabalho na base e como líder estou numa posição distante”, frisou. Ele, no entanto, disse esperar que o próximo presidente da Assembleia dê continuidade ao processo evolutivo da Casa e continue reforçando a abertura de espaço para a sociedade. “Ampliar discussão com a sociedade é um caminho sempre a se seguir”, frisou. Já o líder da oposição, Sandro Régis (DEM), também garantiu que o clima está ameno, sem grandes conturbações. Matéria de Hieros Vasconcelos Rego, do jornal Tribuna da Bahia.

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