- Marden Lessa pediu vista do projeto, alegando que recebeu o documento apenas no dia da sessão e não teve tempo suficiente para analisá-lo adequadamente.
- A presidente Mirlene Dourado afirmou que tinha informações de que Marden havia recebido o projeto no dia 24 de maio, antes da sessão.
- Marden reforçou que recebeu o projeto somente naquele dia e ressaltou que mesmo assim não tinha conhecimento completo do conteúdo.
- Mirlene decidiu colocar o pedido de vista de Marden em votação, argumentando que o plenário é soberano.
- Marden argumentou que o pedido de vista é um direito garantido pelo regimento interno da Casa e que a presidente tinha a obrigação de concedê-lo.
- Adailton do Suape sugeriu que a presidente interrompesse a sessão para evitar discussões paralelas e consultasse o jurídico sobre o assunto.
- Val Peças mencionou que estavam fazendo um alarde exagerado com um projeto simples e destacou a importância de conceder a premiação para um evento no Campo do Corta Pé.
- A discussão intensificou-se, com trocas de acusações entre os vereadores. Mirlene questionou Marden sobre suas ações passadas quando ele foi presidente, e ele respondeu que agora ela é a presidente e o passado é passado.
- Marden acusou Val de ter obtido dinheiro do prefeito para comprar votos e chamou-o de corrupto. Val respondeu dizendo que foi reeleito sem pedir dinheiro emprestado de agiotas.
- A tensão aumentou, e Mirlene interrompeu a sessão, que já poderia ter sido suspensa há 20 minutos. A população presente assistiu ao tumulto no plenário presidido por ela.
- Antes de encerrar a sessão, Val ironizou e afirmou que a base estava sendo democrática, mas às vezes é necessário ser “rolo compressor” para aprovar algo de benefício para os cidadãos e para a cidade.
Na sessão legislativa realizada nesta terça-feira (6), um projeto de lei referente à premiação em eventos esportivos e culturais, encaminhado pelo poder Executivo, desencadeou uma acalorada troca de acusações entre os vereadores Marden Lessa (PSB) e Val Peças (PSB).
Durante a sessão, Marden solicitou vista do projeto, argumentando que havia recebido o documento somente naquele dia e não teria tempo suficiente para analisá-lo adequadamente. A presidente Mirlene Dourado (SD), no entanto, afirmou ter informações de que Marden teria recebido o projeto no dia 24 de maio, levantando uma divergência sobre a data de entrega.
Marden enfatizou que recebeu o projeto somente naquele dia e ressaltou que, mesmo assim, não estava familiarizado com seu conteúdo. Ele destacou a ausência da maioria dos vereadores na reunião realizada na sexta-feira anterior.
Mirlene decidiu submeter o pedido de vista de Marden à votação, alegando que o plenário é soberano. Marden, por sua vez, argumentou que o pedido de vista é um direito previsto no regimento interno da Casa e, portanto, não precisaria ser votado. Ele enfatizou que a presidente tinha a obrigação de conceder o prazo de vista do projeto.
Diante da persistência de Marden, Mirlene optou por manter o pedido em votação, ignorando o 1º secretário presente na mesa diretora. Essa atitude gerou indignação em Marden, que acusou Mirlene de infringir o regimento e de não compreender seu pedido.
O vereador Adailton do Suape (PCdoB) interveio, afirmando que o pedido de vista não poderia ser submetido a votação. Ele sugeriu que a presidente interrompesse a sessão para evitar discussões paralelas e consultasse o setor jurídico da Casa.
Val Peças, por sua vez, alegou que estavam causando tumulto em torno de um projeto simples e que a premiação para o evento no Campo do Corta Pé era necessária. Ele solicitou que a discussão não se limitasse à quebra do interstício para uma votação imediata.
Val mencionou que no passado, quando a base governista passava por cima da oposição durante votações, era chamado de “rolo compressor”. Essa afirmação contribuiu para a intensificação das tensões no plenário.
Em meio à tensão, Mirlene questionou Marden se ele, quando ocupou a presidência, havia cometido atos semelhantes. Marden respondeu que seus atos passados pertenciam ao passado e que a atual presidente era ela.
Marden expressou sua necessidade de falar para que os colegas estudassem, especialmente Val, que, segundo ele, teria proferido uma série de declarações equivocadas. Lessa reiterou a Val que ele deveria estudar e afirmou que sua declaração havia sido infeliz, acrescentando que ele não havia aprendido com seus três mandatos.
Jodiane tentou acalmar os ânimos dos colegas ao explicar as mudanças que deveriam ser realizadas no projeto, mas não obteve sucesso em sua tentativa de apaziguamento.
Val rebateu as acusações de Marden, destacando que foi reeleito sem precisar pedir dinheiro emprestado de agiotas. Revoltado, Marden gritou que Val havia recebido dinheiro do prefeito para comprar votos e o acusou de corrupção.
Lessa questionou como Val teria adquirido uma motocicleta zero e o acusou novamente de corrupção. Ele ainda mencionou que o governista possuía dois caminhões alugados pela prefeitura, ao que Val respondeu que gostaria de ter cinco.
Val afirmou que Marden estava equivocado e o chamou de ladrão, corrupto e louco.
Diante da intensificação do conflito, Mirlene interrompeu a sessão que poderia ter sido suspensa há 20 minutos, enquanto a população assistia ao ocorrido no plenário presidido por ela.
Val ironizou: “Dói agora? Dói, porra!”
Os dois vereadores continuaram trocando acusações, enquanto as pessoas presentes tentavam separar a discussão, que poderia culminar em agressão física.
Antes de encerrar a sessão, Val afirmou que a base governista estava sendo muito democrática. Ele acrescentou que, muitas vezes, a democracia atrapalha e que, se for necessário, é preciso ser um “rolo compressor” para aprovar algo benéfico para os cidadãos e para a cidade.