A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira, 2, o hacker Delgatti Neto, conhecido por ter invadido os celulares de procuradores da República e dado origem à série de reportagens chamada “Vaza Jato”, que denunciou a atuação conjunta entre o Ministério Público Federal (MPF) e o juiz Sérgio Moro no âmbito da Operação Lava Jato.
Os policiais federais também cumprem nesta quarta mandados de busca e apreensão em endereços da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), à procura de mais informações acerca da inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Conforme informações do portal G1, um dos mandados de prisão falsos seria contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ainda de acordo com o site, durante as investigações, o hacker Delgatti Neto afirmou ter prestado serviços para Carla Zambelli para forjar a soltura de presos e o mandado de prisão contra Alexandre de Moraes.
“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, aponta o material da PF.
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), também comentou as ações da PF nesta quarta-feira, em publicação nas redes sociais.
“Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições”, publicou Dino.