O Instituto Vida Forte, entidade que administrou o Hospital Municipal Eduardo Ribeiro Bahiana entre maio e agosto de 2021, emitiu uma declaração oficial em resposta às recentes acusações de envolvimento em um pagamento ilegal por parte da Prefeitura de Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O Instituto refuta categoricamente qualquer envolvimento em irregularidades e se coloca como vítima da situação. Segundo a empresa, o repasse da prefeitura foi consideravelmente menor do que o devido e foi direcionado diretamente aos médicos contratados, negando qualquer retenção indevida por parte do Instituto Vida Forte.
A organização, em sua nota oficial, enfatiza seu compromisso com a transparência e a estrita legalidade em todas as suas operações. Ela destaca que o contrato para a gestão do hospital foi firmado em março de 2021 com a Prefeitura de Madre de Deus, mas que a mesma não efetuou os repasses financeiros conforme o acordado. O Instituto afirma ter notificado repetidamente a gestão municipal, solicitando os repasses devidos, mas sem sucesso.
O repasse que gerou a controvérsia ocorreu no término do contrato e, de acordo com o Instituto Vida Forte, foi direcionado ao pagamento dos médicos contratados, uma vez que o valor repassado pela prefeitura foi considerado insuficiente para abranger todos os compromissos financeiros. A organização também esclareceu ter buscado o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) para tentar resolver a situação dos médicos contratados como Pessoa Jurídica (PJ), apresentando documentos que atestam a suposta falta de repasse por parte da prefeitura.
A nota ainda alega que o município tinha conhecimento da dívida com o Instituto Vida Forte e, em vez de cumprir suas obrigações contratuais de efetuar os repasses devidos, optou por efetuar pagamentos diretos às pessoas jurídicas supostamente contratadas, o que a organização considerou ilegal e questionável.
O Instituto Vida Forte destaca que fez múltiplas denúncias sobre essas irregularidades junto às autoridades competentes, incluindo a Procuradoria Geral do Município de Madre de Deus, a Controladoria Municipal Interna e a Secretaria de Saúde, mas até o momento não recebeu resposta.
As alegações e acusações continuam sob investigação, enquanto a comunidade de Madre de Deus e o público aguardam o desfecho deste caso.