O segundo deputado federal mais votado de Minas Gerais nas eleições do ano passado, André Janones (Avanta-MG), encontra-se no centro de uma polêmica após a divulgação de um áudio em que, sem saber que estava sendo gravado, admite solicitar parte do salário de seus assessores para custear suas despesas pessoais.
No áudio publicado pelo portal Metrópoles, Janones revela seus planos de utilizar o dinheiro recebido dessa maneira para despesas relacionadas a “casa, carro, poupança e previdência”. Apesar de suas declarações, o deputado nega que essa prática configure corrupção, justificando que é justo que seus assessores contribuam para sua reconstrução financeira.
O parlamentar argumenta que gastou R$ 675 mil em sua campanha e que perdeu significativo patrimônio, incluindo uma casa, um carro, uma poupança e uma previdência, totalizando R$ 650 mil. A prática conhecida como “rachadinha” é considerada ilegal e configura enriquecimento ilícito, dano ao patrimônio público, sendo passível de inelegibilidade, conforme as normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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O caso ganha relevância não apenas pela confissão do deputado, mas também pelo seu desempenho expressivo nas últimas eleições e pelos elogios recebidos pela campanha do ex-presidente Lula (PT) por seu método “sensacionalista”. O áudio vazado coloca Janones em uma posição delicada diante da opinião pública e das normas eleitorais.