MST acusa Codevasf de impedir acesso à água em acampamento em Juazeiro

Por Redação
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Mais de trezentas famílias acusam a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) de barrar o acesso à água na Bahia. O Portal G1 informou que o Movimento Sem Terra está acampado em uma área pertencente à empresa em Juazeiro, no norte da Bahia, desde abril do ano passado.
De acordo com o MST, a área em questão localiza-se em terras públicas sem destinação do poder público, somando cerca de 4 mil hectares, e situa-se a 800 metros do Projeto Salitre — um empreendimento da Codevasf que abrange 51 mil hectares.
Segundo o G1, os sem-terras alegam que a privatização do recurso está dificultando o cultivo de alimentos e a produção agrícola, beneficiando grandes empresas e empresários ao proporcionar uma abundância hídrica exclusiva para o agronegócio.
Além disso, o movimento destaca que existe um acordo firmado em 2008 entre o MST, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o governo federal e a própria Codevasf para que o MST possa estabelecer as mil famílias em 13 mil hectares de terra adquiridos pela empresa, no entanto, a negociação não teria sido cumprida.
Em nota, a Codevasf justificou que a água disponível no Projeto Público de Irrigação Salitre destina-se aos agricultores regularmente instalados no empreendimento.
A Superintendência Regional do Incra na Bahia afirmou que não foi informada oficialmente sobre a ocupação no projeto nem sobre a ação para impedir o grupo de ter acesso à água.

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