Adolfo Menezes, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, afirmou hoje (18.03) que será votada amanhã (19) a Proposta de Emenda Constitucional, n° 172/2023, conhecida como PEC da Reeleição. No entanto, ele deixou claro que a aprovação da Emenda não garante um novo mandato para si. Segundo o deputado, a eleição ainda está marcada para fevereiro de 2025 e a vontade dos 62 pares é o que realmente importa, não seu próprio desejo.
O projeto, de autoria do ex-presidente da Casa Nelson Leal, tem como objetivo modificar os dispositivos de reeleição de membros da Mesa Diretora da ALBA. Para ser aprovada, a PEC precisa do quórum qualificado de, no mínimo, 39 dos 63 deputados.
Adolfo Menezes destacou a importância de pacificar a questão da sucessão nas assembleias estaduais e câmaras municipais pelo Congresso Nacional. Ele ressaltou que, ao contrário das eleições para o Executivo, não existe um critério definido para reeleição, o que gera confusão e polêmica. O presidente da ALBA lembrou o ditado do ex-governador mineiro Magalhães Pinto: “política é nuvem”, enfatizando a imprevisibilidade do cenário político e a necessidade de respeitar a vontade dos colegas deputados.
Após uma reunião com os líderes Rosemberg Pinto, da situação, e Alan Sanches, da oposição, Adolfo Menezes reafirmou que, mesmo sendo o atual presidente, não há garantia de que poderá se reeleger em 2025. Ele ressaltou que a decisão final estará nas mãos dos 63 deputados e que é impossível prever o cenário político daqui a alguns anos.
A discussão sobre a PEC da Reeleição na ALBA reacende o debate sobre a necessidade de critérios claros para a reeleição de membros da Mesa Diretora das assembleias estaduais. A votação do projeto será um momento crucial para definir os rumos da política na Bahia e pode impactar diretamente a liderança do Legislativo estadual nos próximos anos.