Mauro Cid afirma ter sido coagido pela PF e critica investigadores

Por Redação
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O ex-ajudante de ordens de Tenente-Coronel Mauro Cid, que serviu ao presidente Jair Bolsonaro (PL), denunciou que foi alvo de coação por parte de integrantes da Polícia Federal (PF) durante os depoimentos relacionados à investigação de uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Áudios compartilhados com aliados e divulgados pela Revista Veja revelam as declarações de Cid, que critica o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por conduzir os processos que tratam dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

“Eles (investigadores) queriam que eu falasse algo que desconheço, que não ocorreu”, afirmou Cid em uma das gravações.

Conforme a reportagem, o material corresponde a uma conversa do ex-ajudante de ordens com um amigo, registrada aproximadamente na semana passada, após o sétimo depoimento prestado à PF, cuja duração foi de cerca de nove horas.

“Você pode dizer o que quiser. Eles não aceitavam e contestavam. E contestavam a veracidade da minha versão, argumentando que não poderia ter sido daquela maneira, que eu estaria mentindo”, relatou Cid em um dos trechos do áudio.

O militar ainda acrescentou que os investigadores já possuem uma “narrativa pronta” sobre o caso. Além dos atos golpistas, o tenente-coronel mencionou a investigação relacionada à suposta falsificação no cartão de vacinação de Bolsonaro.

As declarações de Cid geraram repercussão e fomentaram debates acerca da conduta dos agentes da PF durante o processo de investigação. O caso levanta questões sobre a transparência e imparcialidade das autoridades responsáveis por apurar possíveis crimes de natureza política.

A fala do ex-ajudante de ordens também reforça a tensão existente entre o governo e o Poder Judiciário, evidenciando as divergências e conflitos que permeiam o cenário político nacional.

Diante das revelações de Cid, a PF e o STF podem ser instados a se manifestar publicamente sobre as acusações de coação e parcialidade nos procedimentos de investigação. A sociedade aguarda esclarecimentos e medidas que garantam a lisura e a legalidade das apurações em curso.

É fundamental que haja transparência e respeito aos direitos dos investigados, assegurando que a busca pela verdade seja conduzida de forma ética e isenta de pressões indevidas. A credibilidade das instituições responsáveis pela justiça e pela segurança pública está em jogo, e a sociedade espera que os órgãos competentes ajam com diligência e imparcialidade.

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