O ex-senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião solicitou sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores nesta quarta-feira (27), após aproximadamente dois anos de filiação à sigla.
O descontentamento com o PT, no entanto, não é algo recente. A revista CartaCapital reportou que, ao enumerar os motivos para sua saída, Requião afirmou que o partido teria se distanciado de seus princípios fundamentais.
O que eu percebo é que o PT está perdendo sua função transformadora no Brasil. Ele se aliou à direita. A tal ‘aliança da esperança’ se tornou uma política claramente de centro-direita”, declarou em entrevista ao jornalista Esmael Morais. “O partido está ligado a esse jogo da extrema direita, da centro-direita no momento, o que prejudica o Brasil de forma severa.”
Como exemplo, ele mencionou o possível apoio do PT a Luciano Ducci (PSB) na disputa pela prefeitura de Curitiba. “Decidiram formar uma aliança para a prefeitura com um sujeito que já ocupou o cargo de prefeito por dois anos e era vice de Beto Richa“, afirmou.
Em comunicado, o presidente do diretório do PT em Curitiba, Ângelo Vanhoni, lamentou a saída do ex-governador. “Respeitamos sua decisão, compreendemos sua postura e posicionamentos críticos, cientes de que ainda somos e seremos companheiros em muitas batalhas.”
Requião ainda não definiu a nova sigla à qual se filiará. Seu filho, o deputado estadual Requião Filho, ainda não se pronunciou sobre seguir os passos do pai.
Ao longo do vídeo publicado em seu perfil no Instagram, Requião expôs suas razões para deixar o PT e enfatizou a importância de manter-se fiel a seus ideais políticos.
A saída de Roberto Requião do Partido dos Trabalhadores representa mais um capítulo na complexa dinâmica política brasileira. Sua crítica à direção do partido e sua busca por uma nova plataforma política refletem a diversidade de pensamentos e ideologias presentes no cenário nacional.