O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foi absolvido da acusação de abuso de poder econômico nas eleições de 2022 pelo desembargador Luciano Carrasco Falavinha.
A eventual condenação resultaria na cassação do mandato de Moro e sua inelegibilidade por oito anos.
Até o momento, apenas o desembargador, que é relator da ação no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), emitiu seu voto. O julgamento teve início nesta segunda-feira (1º).
O advogado do TRE-PR, José Rodrigo Sade, solicitou vista e a continuação do julgamento está marcada para a próxima quarta-feira (3). A informação foi revelada pelo repórter da CNN Teo Cury.
Moro optou por não comentar o julgamento. Ele acompanhou a sessão do TRE-PR em seu gabinete no Senado. Após a suspensão do julgamento, o senador deixou a sala e foi abordado por jornalistas no corredor, mas se recusou a falar sobre o assunto.
As ações foram movidas pelo PL e pela federação composta por PT, PCdoB e PV.
As siglas acusam o ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça de ter desequilibrado a disputa ao Senado no Paraná devido a gastos que consideram excessivos durante a pré-campanha. No final de 2021 e início de 2022, Moro estava em pré-campanha à Presidência da República, desistindo posteriormente e tentando concorrer ao Senado por São Paulo antes de decidir disputar em seu estado de origem.
De acordo com as ações, esse contexto teria beneficiado Moro com estrutura, exposição e limite de gastos maiores em comparação com seus adversários que buscavam a eleição para o Senado pelo Paraná.