Secretaria de Saúde de Candeias fala mas não explica o caos

Por Redação
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A boa vontade da Secretaria de Saúde de Candeias, Yolanda Almeida, e dos diretores do Hospital Ouro Negro, não foi suficiente para convencer a maioria dos vereadores nem assessores e imprensa presentes à reunião hoje, 29, aberta ao público, mas limitada pelo tamanho da Sala VIP.

Inicialmente, o presidente do Sindmed, Francisco Magalhães, manifestou preocupação com as demissões de um corpo médico, o hiato e o equívoco da gestão. E mais, reclamou da “carga” excessiva de trabalho a que os médicos estão submetidos já que exercem não só uma, mas muitas especialidades. Talvez esteja aí a série de queixas quanto ao atendimento.

A secretária contestou a informação e disse que não foram 15, mas 12 os demitidos, e que 10 já foram contratados com a intenção de qualificar o serviço no Hospital.

O médico Yuri Machado, diretor do Ouro Negro, que é administrado por R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões) ao ano pelo Centro Médico Aracaju (CMA) explicou que a decisão é para melhorar o serviço. As demissões, segundo ele, “foram por motivo disciplinar, e que por questão ética, não poderia explicitar”.

Mas, o relato na reunião de alguns pacientes que procuraram o Ouro Negro, contestaram as declarações dos representantes do Município, sobre o que tem acontecido no Hospital, o maior da região, que vive em reforma há anos. Falta médico para atender a demanda.

A secretária Yolanda Almeida reconhece que a Multiclinica precisa melhorar, os Postos de Saúde da Família e as UBS estão todos com médicos e que não houve solução de continuidade mesmo com as substituições.

O médico e vereador Dr. Pitagoras reclamou que “uma cidade que arrecada mais de R$ 700 mil por dia, não tenha um mamógrafo” que custa R$ 300 mil, e salva vidas.

Disse ainda que muitos profissionais estavam fazendo o trabalho de 3 ou 4, e que a falta de especialistas em muitas áreas coloca o atendimento em situação delicada. Deu como exemplo que “um pedreiro na construção de uma casa não pode, ao mesmo tempo, fazer o trabalho de eletricista e hidráulico sob pena de comprometer a obra”. O médico é muito mais grave, pois cuida e salva vidas.

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A vereadora Rita Loira disse não conseguir compreender porque Candeias tem um atendimento à saúde tão precário. “Não faltam recursos; falta gestão”.

A maioria dos vereadores da base do Prefeito parecia conformada com as explicações, mesmo procedimento quando foi anunciado o fechamento do Posto Luiz Viana há quase 2 anos.

 

 

 

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