Desde janeiro de 2024, a vacina contra a Covid-19 foi integrada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). O Ministério da Saúde recomendou que estados e municípios dessem prioridade às crianças de 6 meses a menores de 5 anos e aos grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas.
Em maio, a pasta confirmou a compra de 12,5 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19 SpikeVax, produzido pela farmacêutica Moderna. O processo de aquisição emergencial teve início em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada da vacina.
A SpikeVax é uma dose monovalente que protege contra uma subvariante específica da Covid-19, a XBB 1.5, conhecida popularmente como Kraken e um subtipo da variante Ômicron. A vacina é registrada pela empresa Adium S.A. e fabricada pela Moderna, com indicação para imunização ativa em crianças a partir de 6 meses e adultos.
Com a introdução da nova dose, o esquema primário de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, em 2024, passou a funcionar da seguinte forma:
– Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias devem receber duas doses, ambas monovalentes (SpikeVax), com intervalo de quatro semanas entre elas;
– Pessoas com 5 anos ou mais que fazem parte de grupos prioritários devem receber uma dose monovalente (SpikeVax);
– Imunocomprometidos com 5 anos ou mais devem receber três doses, sendo a primeira monovalente (SpikeVax). A segunda dose deve ser aplicada quatro semanas depois e a terceira, oito semanas após a segunda dose.
Segundo a Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 em 2024, o esquema primário não é mais recomendado rotineiramente para pessoas com 5 anos ou mais que não fazem parte de grupos prioritários. No entanto, se a pessoa não tiver sido vacinada anteriormente e optar por se vacinar agora, pode receber uma dose da vacina monovalente (SpikeVax).
No caso de crianças menores de 5 anos que já estejam completamente imunizadas (três doses) com outras vacinas contra a Covid-19, a recomendação do ministério é que recebam mais uma dose da vacina monovalente (SpikeVax).
Além do esquema primário, é necessário considerar as doses anuais de reforço, que passaram a funcionar da seguinte forma:
– Grupos prioritários a partir de 5 anos devem receber uma dose anual da vacina monovalente (SpikeVax), com intervalo mínimo de três meses desde a última dose contra a Covid-19;
– Imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes, puérperas e idosos a partir de 60 anos devem receber duas doses anuais da vacina monovalente (SpikeVax), com intervalo mínimo de seis meses entre elas.
Pessoas com 5 anos ou mais que já completaram o esquema primário (duas doses) e não pertencem a grupos prioritários não têm indicação para receber a dose anual ou reforço.
Indivíduos com esquema primário incompleto e que fazem parte de grupos prioritários devem receber uma dose da vacina monovalente (SpikeVax) de acordo com as orientações do ministério. Crianças que iniciaram o esquema de três doses e completaram 5 anos antes de terminar o esquema também devem seguir as instruções específicas.
Pessoas de grupos prioritários que nunca foram vacinadas contra a Covid-19 devem receber duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. Gestantes, puérperas, imunocomprometidos e idosos com 60 anos ou mais nessas condições também devem receber uma dose de reforço, seis meses após a última dose.
Para viagens internacionais, é fundamental verificar as exigências do país de destino em relação ao esquema vacinal contra a Covid-19. Caso seja necessário, o viajante poderá receber até duas doses do imunizante de acordo com a disponibilidade e as exigências do país visitado.
Os grupos prioritários para vacinação contra a Covid-19 incluem pessoas com 60 anos ou mais, indivíduos em instituições de longa permanência e seus profissionais, indivíduos imunocomprometidos, indígenas em terras indígenas, ribeirinhos, quilombolas, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, e indivíduos em situação de rua.
A vacinação contra a Covid-19 tem sido um desafio global, e o Brasil tem desenvolvido estratégias para garantir a imunização da população de forma eficaz e segura. A inovação contínua no campo da saúde pública e a implementação de políticas de vacinação são fundamentais para o controle da pandemia e a proteção da saúde da população.