Câncer de bexiga causa mais de 19 mil mortes em 4 anos

Por Redação
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O câncer de bexiga é o tipo mais incidente em homens, sendo responsável por milhares de mortes em todo o mundo, inclusive no Brasil. Dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde indicam que mais de 800 mil pessoas perderam suas vidas devido a esse tipo de tumor entre os anos de 2019 e 2022, com mais de 19 mil casos registrados no Brasil nesse período.

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de bexiga. Por esse motivo, a conscientização sobre a importância da detecção precoce deste tipo de tumor é fundamental. A SBU aproveita o mês de julho para alertar a população sobre os sintomas e formas de prevenção dessa doença, visando aumentar as chances de cura.

Estima-se que neste ano serão registrados mais de 11 mil novos casos de câncer de bexiga, sendo a maioria em homens. O Inca aponta que este é o sétimo câncer mais comum entre a população masculina, representando mais de 3% dos casos de câncer no sexo masculino.

O presidente da SBU, Luiz Otavio Torres, destaca a importância de hábitos saudáveis na prevenção do câncer de bexiga, como a eliminação do tabagismo, uma alimentação balanceada, a ingestão adequada de água e a prática regular de atividades físicas. Essas medidas podem contribuir significativamente para reduzir as chances de desenvolvimento desse tipo de câncer.

O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por meio de exames de urina e de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada e cistoscopia. O tratamento da doença varia de acordo com o estágio em que se encontra e pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Algumas das novidades nessa área incluem novas medicações como imunoterapia, terapias alvo e plataformas robóticas que auxiliam nas cirurgias.

Fernando Korkes, supervisor da Disciplina de Câncer de Bexiga da SBU, ressalta a importância da conscientização sobre os fatores de risco desse tipo de câncer, além do tabagismo, exposição a substâncias químicas e idade avançada também podem contribuir para o desenvolvimento da doença. A prevenção e a detecção precoce são essenciais para aumentar as chances de cura e reduzir a taxa de mortalidade.

De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade, mais de 19 mil óbitos foram registrados em decorrência de neoplasia maligna da bexiga nos últimos quatro anos, sendo a maioria deles em homens. Para o diretor da Escola Superior de Urologia da SBU, Roni de Carvalho Fernandes, é fundamental implementar políticas públicas eficazes para reduzir a incidência e mortalidade do câncer de bexiga, por meio de campanhas de conscientização e educação, identificação de grupos de alto risco e acesso a serviços de saúde especializados.

Em resumo, o câncer de bexiga é uma doença grave que afeta principalmente homens e está relacionada ao tabagismo. A detecção precoce e a prevenção são fundamentais para aumentar as chances de cura e reduzir a taxa de mortalidade dessa doença. É importante seguir hábitos saudáveis e realizar exames de rotina para identificar precocemente qualquer alteração que possa indicar a presença desse tipo de câncer.

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