Bebê no Paraná morre por coqueluche após três anos sem registros no Brasil

Um bebê de apenas seis meses perdeu a vida devido a complicações causadas pela coqueluche em Londrina, no estado do Paraná. Este triste acontecimento marca a primeira morte pela doença no Brasil depois de três anos sem registros.

Diante desse trágico evento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância da vacinação de gestantes e crianças como medida preventiva contra a coqueluche. Segundo informações do Ministério da Saúde, a vacinação é a única forma eficaz de prevenir a disseminação da doença.

Além da morte do bebê de seis meses, as autoridades de saúde investigam outro caso fatal de um bebê de apenas três meses no estado, em meio a um aumento preocupante de casos da doença.

A coqueluche, conhecida também como tosse convulsa, é uma infecção respiratória altamente contagiosa provocada pela bactéria Bordetella pertussis. Caracteriza-se por acessos de tosse intensa e prolongada, muitas vezes acompanhados por uma inspiração ruidosa, que produz um som semelhante a um “guincho”.

Essa doença é particularmente perigosa em bebês e crianças pequenas, podendo levar a complicações graves como pneumonia, convulsões, danos cerebrais e, em casos extremos, óbito.

A forma mais comum de prevenir a coqueluche é através da vacinação, geralmente administrada como parte do calendário vacinal infantil de rotina, sob a forma da vacina combinada DTP (contra difteria, tétano e coqueluche) ou da vacina DTaP (versão acelular da vacina contra difteria, tétano e coqueluche).

A transmissão da coqueluche ocorre principalmente pelo contato direto do doente com pessoas não vacinadas, por meio de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou falar. Em alguns casos, a doença também pode ser transmitida através de objetos contaminados com secreções de indivíduos doentes.

O Ministério da Saúde destaca três grupos prioritários para a vacinação contra a coqueluche: crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes; e profissionais de saúde que trabalham em maternidades e unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano.

Os sintomas da coqueluche podem ser detectados em diferentes estágios, sendo os primeiros sinais semelhantes aos de um resfriado comum, como mal-estar geral, coriza, tosse seca e febre baixa. No entanto, a doença pode evoluir para crises de tosse intensa, capazes de provocar vômitos e extremo cansaço.

O tratamento da coqueluche consiste no uso de antibióticos, uma vez que se trata de uma infecção bacteriana. Os medicamentos necessários para o tratamento estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo acesso à população que necessita.

Diante desse trágico episódio no Paraná, as autoridades de saúde enfatizam a importância da prevenção através da vacinação contra a coqueluche, visando evitar novas ocorrências fatais e proteger a saúde da população mais vulnerável, como bebês e crianças pequenas.