Investigação das causas da infertilidade na população adulta

Por Redação
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Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a infertilidade afeta aproximadamente 17,5% da população adulta em todo o mundo, o que equivale a cerca de 1 em cada 6 pessoas. No Brasil, estima-se que cerca de 8 milhões de indivíduos possam ser inférteis. A infertilidade pode ser caracterizada pela dificuldade do homem, da mulher ou de ambos em alcançar a tão almejada gestação.

De acordo com o especialista em reprodução humana do Grupo Fleury, responsável pela Diagnoson a+ na Bahia, Dr. Daniel Suslik Zylbersztejn, um casal é considerado infértil se, após 12 meses de tentativas sem a utilização de métodos contraceptivos, não obtém sucesso na concepção.

Estudos conduzidos pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) indicam que aproximadamente 30% das causas de infertilidade estão relacionadas a fatores femininos, 30% a fatores masculinos e outros 40% às condições de infertilidade combinada do casal.

“Os dados estatísticos mostram que as causas de infertilidade podem ser igualmente divididas entre fatores femininos e masculinos. O que varia são as predisposições genéticas, idade biológica e fatores externos que podem influenciar a capacidade de conceber. Geralmente, a mulher é mais frequentemente submetida a avaliações para identificar as causas de infertilidade, devido a questões culturais relacionadas ao cuidado com a saúde, gerando a percepção de que os problemas reprodutivos são mais prevalentes no sexo feminino”, esclarece o Dr. Zylbersztejn.

As principais causas de infertilidade em mulheres incluem a síndrome dos ovários policísticos, endometriose, problemas nas trompas uterinas e o avanço da idade. Já nos homens, as causas estão associadas à baixa produção de espermatozoides, varicocele, obesidade, tabagismo e uso de anabolizantes.

O processo de investigação da infertilidade geralmente é iniciado com uma consulta com um especialista em reprodução humana. Nesse primeiro momento, é avaliado o histórico dos pacientes, seguido de exames físicos e solicitação de uma série de exames complementares para verificar o potencial reprodutivo. Alguns dos exames mais comuns solicitados pelos médicos incluem a dosagem de hormônios, ultrassonografia transvaginal seriada, histerossalpingografia, ultrassonografia endovaginal com preparo intestinal, videohisteroscopia, espermograma, exame de fragmentação de DNA espermático e exames genéticos.

A investigação minuciosa dessas causas é fundamental para identificar possíveis problemas que podem estar comprometendo a fertilidade do casal. Com a evolução da medicina reprodutiva, diversas técnicas e tratamentos estão disponíveis para auxiliar casais que enfrentam dificuldades para conceber.

Por fim, a conscientização sobre a infertilidade e a importância de buscar ajuda especializada são essenciais para casais que enfrentam esse desafio. A informação é uma aliada no processo de enfrentamento e tratamento da infertilidade, proporcionando esperança e novas possibilidades para aqueles que desejam formar uma família.

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