A “Síndrome do Tarzan” está chamando a atenção dos internautas brasileiros, mesmo sendo ainda pouco conhecida no país. Segundo dados do Google Trends, as buscas pelo fenômeno atingiram um pico no Brasil a partir do último dia 22 de setembro.
De acordo com a psicóloga Irene Rocha, a síndrome refere-se ao comportamento de iniciar um novo relacionamento antes de encerrar emocionalmente o anterior, sem dar espaço para ficar sozinho por um tempo. O termo faz alusão ao personagem Tarzan, que se movimenta entre cipós sem soltá-los até segurar o próximo, numa metáfora para aqueles que “pulam” de um relacionamento para outro sem lidar com um término.
A síndrome do Tarzan afeta pessoas que são dependentes emocionais, inseguras e “com um medo terrível de compromisso”, de acordo com Irene. Muitas vezes, o medo da solidão e a dificuldade de lidar com o término levam a pessoa a buscar rapidamente um novo parceiro, o que pode resultar na repetição de padrões disfuncionais e dificultar o autoconhecimento.
Em um vídeo publicado no YouTube, o psicólogo Raúl López afirmou que as pessoas que sofrem com a Síndrome do Tarzan carregam “bagagens emocionais de relações anteriores que não deram certo”, o que prejudica o crescimento pessoal e o aprendizado necessário para construir vínculos mais saudáveis.
A conscientização sobre esse comportamento é importante para que as pessoas possam identificá-lo e buscar ajuda profissional, se necessário. A falta de autoconhecimento e a repetição de padrões disfuncionais podem levar a relacionamentos tóxicos e prejudicar a saúde emocional das pessoas afetadas pela síndrome.
É fundamental que se faça um trabalho de reflexão e autoavaliação para romper com esse ciclo de pulos entre relacionamentos e dar a devida importância ao processo de cura emocional após um término. A terapia e o acompanhamento psicológico podem ser ferramentas poderosas nesse processo de autoconhecimento e transformação.
A propagação da informação sobre a Síndrome do Tarzan pode contribuir para a conscientização e prevenção desse comportamento tóxico nas relações afetivas. É importante que as pessoas se sintam encorajadas a buscar ajuda e a trabalhar seu autoconhecimento, visando construir vínculos saudáveis e uma vida emocionalmente equilibrada.
Por enquanto, a síndrome ainda é pouco conhecida no Brasil, mas a disseminação desse conhecimento pode ser o primeiro passo para que mais pessoas compreendam a importância de encerrar um ciclo antes de iniciar outro, dando tempo para processar emoções, aprender com experiências passadas e potencialmente encontrar relatíções mais saudáveis no futuro.
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