Febre amarela: escola de Salvador adota uniforme com repelente

Por Redação
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Para se proteger os alunos do mosquito Aedes aegypti, o Villa Campus de Educação adotou uma medida mais radical. A partir do ano letivo de 2017, os uniformes dos estudantes serão produzidos com uma tecnologia que previne contra o mosquito.

O tecido dos fardamentos terá aplicação de permetrina – um ativo natural, invisível e sem cheiro. Na prática, a roupa vai funcionar como repelente. “A permetrina age nas fibras do tecido, na superfície externa das roupas e não há contato com a pele. E vale salientar que também não age como inseticida, pois sua ação é repelir os insetos, não matar eles”, explica o médico Roberto Badaró, professor da Universidade Federal da Bahia e subsecretário estadual da Saúde.

A novidade é uma parceria com a empresa norte-americana Insect Shield Brasil. A tecnologia, que já era usada nos uniformes do exército dos Estados Unidos, ficou mais conhecida depois que delegações usaram nos uniformes dos atletas que competiram nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. “Combate ao foco e educação para a proteção individual e coletiva são medidas de combate ao Aedes aegypti que devem ser integradas’”, opina Badaró.

Onde se vacinar

A vacina contra febre amarela é gratuita e oferecida nas 126 salas de vacinação da rede pública municipal – localizadas nas unidades básicas de saúde (os postos) e nas unidades de Saúde de Família. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), não há necessidade de “correr para os postos de saúde” para ser imunizado. As vacinas são recomendas somente para pessoas que vão viajar para os locais onde há risco de transmissão, além de crianças dos nove meses até antes de completar cinco anos de idade.

No caso, são os estados onde existem casos suspeitos ou confirmados – como Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo – além de estados onde a Organização Mundial da Saúde (OMS) já recomenda a vacinação normalmente: Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Em caso de viagens ao exterior, a OMS também lista a vacina como recomendação para quem vai para países da América Latina como Argentina, Equador, Paraguai e Colômbia, além de países da África (a exemplo de Senegal, Quênia e Angola).

Além disso, a vacina tem contraindicações fortes: crianças menores de seis meses, mulheres grávidas ou que estejam amamentando e pessoas com mais de 60 anos não devem ser imunizadas. Indivíduos com alergia a ovo também devem evitar o imunobiológico.

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