A pedagoga Marta Rejane descobriu um câncer de mama em abril deste ano. Em busca de um diagnóstico mais confiável, ela saiu de Porto Seguro, no extremo sul do estado, para o Hospital da Mulher (HM), na capital, onde fez uma cirurgia e dará continuidade ao tratamento. “Eu fui muito bem recepcionada desde o momento que eu entrei aqui, para fazer a minha primeira consulta, até esse momento, quando ainda estou sendo acompanhada pela médica. Todos são excelentes. De médico, a enfermeiro, maqueiro, às pessoas da limpeza. Todos”.
A trabalhadora autônoma Arlete Borges mora em Camaçari (RMS) e já tinha referência do bom atendimento do hospital. Ela comemorou quando a regulação da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) a encaminhou para fazer o tratamento de cálculo renal na unidade hospitalar. “Para mim, foi uma benção quando a Regulação me mandou para o Hospital da Mulher. Desde o primeiro dia que eu cheguei aqui, da segurança a todos, os atendimentos não têm nem número de nota. É mais do que mil. Fiz minha cirurgia com muita rapidez, e agora estou tendo acompanhamento do pós-cirúrgico”.
Em seis meses de funcionamento, o HM conquistou as pacientes com bom atendimento e eficiência. Já foram 30.718 consultas, 3.152 cirurgias e mais de 105 mil exames, incluindo biópsias, tomografias, ultrassonografias, mamografias, raio-x e procedimentos laboratoriais. O balanço superou a perspectiva da administração do hospital. “É um número além da expectativa pensada para esses esses seis meses de trabalho. Nós temos um resultado muito bom”, afirma o diretor médico do HM, Paulo Sérgio Andrade.
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Por ser um hospital de referência, as pacientes de todo o estado são encaminhadas por meio da Regulação e do Lista Única. “As mulheres vão, inicialmente, na Unidade de Saúde do seu município, e, lá, falam sua necessidade. O município cadastra no sistema, que é o Lista Única, e encaminha as pacientes para cá, o Hospital da Mulher. Daqui, a gente dá continuidade ao atendimento”, explica a coordenadora de Atendimento, Anailza Meireles.
Atendimento às vítimas da violência sexual
Apenas as pacientes vítimas de violência sexual são atendidas por demanda espontânea. Em seis meses, foram registrados 78 casos. “Funcionamos os sete dias da semana, 24 horas. Nós temos aqui no hospital uma equipe multiprofissional, formada por psicólogo, infectologista, ginecologista, e uma equipe de enfermagem, que está disponível para atender essa mulher quando ela chega”, esclarece a coordenadora de Enfermagem, Janiely Anjos.
As pacientes também podem chegar via Regulação, por meio das delegacias ou diretamente do Instituto Médico Legal (IML). Ao chegar, as vítimas passam por um acolhimento, atendimento médico emergencial e, a partir daí, são definidas as condutas, a depender do caso. “Aqui, a gente oferece a profilaxia para o HIV e para as doenças sexualmente transmissíveis, além de acompanhamento psicológico e multiprofissional de, no mínimo, seis meses. O que vai determinar esse tempo é a melhorar clínica dela”, enfatiza a enfermeira.