Maternidades públicas adotam parto humanizado na Bahia

Por Redação
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Toda mulher sonha em ter um parto tranquilo e poder está com seu bebê todo o tempo desde o seu nascimento. Pensando nisso, foi criada a proposta do parto humanizado.

O parto humanizado é considerado um conjunto de práticas e procedimentos que buscam readequar o processo de parto dentro de uma perspectiva que seja menos hospitalizada e medicada, entendendo tanto o lado da mulher como o do bebê, numa visão mais “humanizada”, segundo os seus defensores. Seu principal objetivo é anular o uso de medicações e de manobras técnicas ou cirúrgicas comuns na medicina obstétríca. Embora se enquadre tanto no parto natural como em cesariana, o processo é mais comum em partos normais

Frequentemente rotulado como um tipo de parto, tal como cesário, fórceps ou parto normal, o parto humanizado, na realidade, são as formas de assistência prestadas no momento do parto, onde, os profissionais envolvidos passam a acompanhar a fisiologia do parto e entender as exigências e necessidades de cada mulher, concentrando-se em manter a segurança da mãe e do bebê, para que não haja intervenção médica, somente se necessária ou solicitada pela mulher estando bem orientada a cerca de todos os procedimentos.

Pensando em viabilizar um maior vínculo entre mãe e bebê, o Ministério da Saúde (MS) oficializou em 2014 uma portaria que recomenda a adoção de medidas próprias do parto humanizado. A indicação é para casos naturais e para as cesarianas, em todas as unidades que prestam atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Sesab

Segundo a Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o estado tem os leitos obstétricos no Hospital Roberto Santos e no Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas. Em Feira de Santana também temos maternidade no Hospital da Criança, e nos outros hospitais do interior também temos leitos obstétricos. Já em Salvador, temos as maternidades do Iperba, Tsylla Balbino, José Maria de Magalhães Netto, Albert Sabin e João Batista Caribé.

Outra instituição que trabalha com o parto humanizado é o Centro de Parto Normal, localizado na Mansão do Caminho, que tem como princípio a assistência humanizada ao parto, considerando-o acontecimento de cunho familiar, social, cultural e fisiológico. No centro são atendidos cerca de 60 partos por mês, sendo 4 por dia. Foram registrados cerca de 4.000 bebês nascidos desde agosto de 2001 até dezembro de 2017, segundo a assessoria do centro, que afirma que no local não se realiza nenhum outro procedimento sem ser o parto humanizado.

Para se obter atendimento são necessários alguns pré-requisitos básicos, como: a gestante tem que estar com IG> 37 e < ou = a 41 semanas; ter realizado no mínimo 4 consultas de pré-natal (em qualquer clínica ou unidade de saúde), gestação de risco habitual (baixo risco); fase ativa do trabalho de parto; 3 contrações eficazes em 10 minutos, 4 cm de dilatação; ausência de intercorrências clínicas pregressas ou atuais. Estando apta para o procedimento, a paciente é atendida e todos os procedimentos necessários são realizados, “caso ocorra alguma necessidade de encaminhamento da paciente, o centro dispõem de ambulâncias que encaminham seus pacientes para a unidade de saúde mais próxima, que é o Albert Sabin localizada em Cajazeiras”, informa Nice Vilas Boas, coordenadora de Enfermagem do Centro de Parto Normal. Já no Instituto de Permatologia da Bahia (Iperba), segundo a assessora Laila Santana, em 2017, 4.133 partos humanizados foram realizados (1165 cesarianas ou 38,7% dos partos). Diferenças entre parto normal e humanizado Existem dois tipos de parto: o parto cirúrgico (cesariana) e o parto vaginal (ou natural). Os partos vaginais são cirúrgicos (com intervenções médicas como anestesia, aplicação de hormônio sintético que induz as contrações uterinas, episiotomia (corte vaginal) e naturais (com intervenções extremamente necessárias). É muito comum confundir o parto normal com o humanizado, que é uma maneira na qual a assistência do parto ocorre, o mais natural possível, sem praticamente nenhuma intervenção médica. A jovem Tamires Vieira que se encontra no último período de gestação explicou que procurou se informar e optou pelor parto normal humanizado. No parto natural existem alguns procedimentos adotados pelos médicos, como por exemplo, romper a bolsa entre 6 e 8 centímetros de dilatação. Já no parto, chamado humanizado, a bolsa deve estourar de maneira espontânea, ou pode até ocorrer o parto sem que a bolsa seja rompida.

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