Crianças de seis meses a 5 anos, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas devem buscar os postos de saúde para tomar a vacina da gripe até a próxima sexta-feira (15/6), quando será encerrada a campanha de imunização em todo o país. Segundo o Ministério da Saúde, até 7 de junho, 41,2 milhões de pessoas foram vacinadas, o que corresponde a 75,8% do público-alvo. A meta é vacinar 54,4 milhões de pessoas até o fim da campanha.
Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues diz que a campanha não será prorrogada e que Estados e municípios poderão, caso tenham estoque, passar a vacinar outros grupos. “A partir do dia 18, a recomendação é para oferecer a vacina para crianças de 5 a 9 anos e para a população de 50 a 59 anos. Já distribuímos as 60 milhões de doses e não haverá reposição. Se o público-alvo deixar para depois do prazo, pode perder a oportunidade de tomar uma vacina gratuita para uma doença que é evitável por vacinação.”
De acordo com balanço do ministério, o público com maior cobertura é o de puérperas (86,7%). O menor índice de vacinação está entre as crianças, cuja cobertura está em 57,5%. “Em todos os anos com baixa ocorrência da doença, a população parece que não quer se vacinar no período inicial da campanha. A gripe é uma doença sazonal que circula durante todo o ano, mas o período forte de circulação é do final de maio a final de agosto.”
Helena Sato, pediatra e diretora técnica de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, diz que o grupo prioritário deve buscar a vacina para evitar complicações caso tenha contato com a doença. “Essas pessoas têm maior risco para evoluir para pneumonia e internações hospitalares. O inverno está chegando e essas pessoas precisam de uma adequada proteção”, explicou.
Helena reforça que a vacina não causa gripe. “Quem causa a gripe é o vírus. Os sintomas são febre alta de início abrupto e dor no corpo. A gripe deixa a pessoa de cama. É diferente de um resfriado.”