Uma mutação no novo coronavírus, rastreada a partir da Espanha, é a causadora da segunda onda da doença na Europa, segundo a Universidade suíça ETH Zürich. Centenas de mutações do novo coronavírus já foram identificadas na Europa, mas, de acordo com esse estudo. A “20A.EU1” foi a que mais conseguiu se espalhar, gerando a nova onda de contaminação.
OS pesquisadores ainda não conseguiram concluir se a mutação é mais perigosa do que o vírus original, pois, segundo eles, “a ausência de sequenciamento consistente e uniforme em toda a Europa limitou os esforços”.
Os cientistas que assinam o artigo acreditam que a mutação se originou em trabalhadores agrícolas no nordeste da Espanha, onde foi registrada pela primeira vez no mês junho. Depois, os eventos “super espalhadores” do verão europeu, como ida as praias, festas e aglomerações, além das viagens para outros países liberadas, teriam levado a cepa do vírus para outros país.
Segundo o Portal Uol, no mês seguinte, seis países já teriam registrado a presença da mutação “20A.EU1”. Nas últimas semanas, 4 em cada 5 casos novos no Reino Unido aconteceram por causa dessa mutação. “O aumento da prevalência de 20A.EU1 em toda a Europa implica que as diretrizes e restrições para viagens de verão geralmente não foram suficientes para prevenir a transmissão”, diz o estudo.
Os pesquisadores apontam que, atualmente, a mutação está presente em 12 países da Europa, além de Hong Kong e na Nova Zelândia.
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