A vacina contra o novo coronavírus produzida por uma parceria entre a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca apresenta eficácia de até 90%, anunciou o laboratório nesta segunda-feira (23/11). Os resultados ainda são preliminares de testes de fase 3.
O dado foi verificado com a aplicação de meia dose do imunizante seguida de uma dose inteira. Quando foram injetadas duas doses inteiras, a taxa cai para 62%. No agregado dos dados dos dois estudos, a eficácia média da vacina foi de 70,4%.
“A eficácia e a segurança desta vacina confirmam que ela será altamente eficaz contra a Covid-19 e terá um impacto imediato na emergência de saúde pública”, anunciou o presidente da AstraZeneca, Pascal Soriot.
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Ao todo, 24 mil voluntários participaram dos testes da vacina no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul. Nenhum dos participantes precisou ser hospitalizado em decorrência do uso do medicamento. Os cientistas envolvidos nos testes já haviam publicado na quinta-feira (19/11) na revista Lancet os resultados de uma etapa anterior do processo de desenvolvimento da vacina, indicando que ela pode gerar resposta imunológica em adultos de todas as idades.
Nenhuma vacina contra a Covid-19 teve seus dados de fase 3 publicados por revistas científicas até o momento. A comunidade científica internacional só aceita os resultados após uma publicação do tipo, pois permite que os dados sejam revisados e contestados por outros pesquisadores especialistas no assunto. Entretanto, vale destacar que com estes dados mais recentes da AstraZeneca e da Oxford indicam uma eficácia menor que a de outras vacinas concorrentes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde mais de 200 vacinas estão em testes no mundo todo sendo que 48 delas já estavam em uma das fases de testes clínicos até o dia 12 de novembro.