Um estudo do grupo Vebra Covid-19, que envolveu mais de 67 mil profissionais de saúde de Manaus, revelou que a Coronavac, vacina produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, é 50% efetiva em evitar adoecimentos pela variante P.1 após 14 dias da primeira dose. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Os testes feitos pelo Instituto Butantan, antes da disseminação acelerada de novas cepas, mostraram que a CoronaVac tem eficácia global de 50,38%. O imunizante apresenta eficácia de 78% na prevenção de casos leves e prevenção total a mortes, casos graves e moderados da Covid-19.
“Os resultados são encorajadores. Eles mostram que a CoronaVac segue sendo efetiva para a nova variante do Brasil [batizada primeiramente como variante de Manaus] e poderá ser usada no mundo todo para as novas variantes”, disse o cientista Julio Croda, que coordenou o estudo.
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Croda afirma que a variante brasileira já está se tornando predominante em muitos países da América Latina. Daí a importância do resultado encontrado agora em Manaus.
O Vebra Covid-19 é integrado por pesquisadores de instituições nacionais e internacionais e por servidores das secretarias estaduais e municipais de saúde do Amazonas e de São Paulo. Ele tem o apoio da Opas (Organização Panamericana de Saúde).
VARIANTE BRASILEIRA
A variante P.1, chamada também de variante de Manaus ou variante brasileira, foi descoberta pelo governo do Japão em janeiro de 2021, após quatro viajantes com passagem pelo Amazonas desembarcarem no país. O Fiocruz, alguns dias depois, também identificou a nova cepa do vírus.
Segundo pesquisadores, a transmissibilidade da nova variante é maior que a do coronavírus original. Por isso, a nova cepa rapidamente se tornou a principal forma de contrair Covid-19 em Manaus: apenas em janeiro, 91% dos casos na capital amazonense originaram da variante P.1.