Mais de 150 pessoas são diagnosticadas com ISTs durante o Carnaval de Salvador

Por Redação
2 Min

Durante o Carnaval de Salvador, mais de 150 pessoas são diagnosticadas com Sífilis e outras 26 com o vírus HIV. Os dados foram divulgadas na última terça-feira (22) pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador, que implantou dois módulos do ‘Fique Sabendo’, no circuito Dodô (Barra) e Osmar (Campo Grande).

Em geral, mais de 4,5 mil testes para diagnóstico de HIV, Sífilis e Hepatites B e C foram realizados. Desse total, 190 testes apresentaram reagentes para as doenças entre sexta-feira (17) e terça (21). A Sífilis liderou os resultados positivos com 151 casos, seguida pelo HIV, com 26 ocorrências, e as Hepatites B e C, com 6 e 7 notificações, respectivamente.

A secretária municipal da Saúde e vice-prefeita, Ana Paula Matos, ressalta a importância da ação para o tratamento adequado de quem testa positivo. “Com o avanço da medicina é possível que o paciente viva normalmente, da mesma forma que milhões de brasileiros convivem com doenças crônicas, fazem acompanhamento contínuo e tomam medicações adequadas. Temos uma rede estruturada e profissionais capacitados para realizar o acolhimento desse paciente que teve o resultado reagente para a infecção”.

Um outro importante dado que despertou preocupação das equipes de saúde referiu-se à aplicação de penicilina, medicação utilizada para impedir a evolução da infecção. O número de usuários que aceitaram dar início imediato ao tratamento foi desproporcional a quantidade de casos identificados: apenas 44 foliões aceitaram receber o medicamento.

A infectologista Adielma Nizarala explica a importância da interrupção da cadeia de transmissão. “A Sífilis lidera historicamente o número de pessoas acometidas com alguma infecção. É fundamental que após a detecção da infecção, o paciente aceite a medicação que não impedirá de levar uma vida normal, inclusive, durante a folia. Será uma proteção individual e coletiva, em respeito ao próximo parceiro (a). Aliado a isso, o uso do preservativo distribuído gratuitamente nos nossos módulos deve ser indispensável”, conta.

Compartilhe Isso