O Rio de Janeiro foi o cenário do primeiro caso confirmado de infecção por febre oropouche, uma virose semelhante à dengue, na quinta-feira (29), conforme informado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ). Esta notícia surge em meio a um cenário preocupante, com o Amazonas emitindo um alerta epidemiológico devido à detecção da doença, tendo um total de 1.398 casos confirmados desde o início do ano.
Além do Amazonas, os estados do Acre e Rondônia também estão em estado de surto, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Estes registros representam um avanço do surto de oropouche no Brasil, tendo iniciado em 2022 com os primeiros casos reportados pelo Laboratório Central de Roraima, seguidos por ocorrências no Amazonas, Rondônia e Acre.
A febre oropouche é causada por um arbovírus, transmitido por mosquitos. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), agente causador da infecção, foi isolado pela primeira vez em 1960, a partir de uma amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Essa enfermidade não é exclusiva do Brasil, pois também já foram reportados casos isolados e surtos em outros países da América Central e do Sul, como Argentina, Bolívia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela. A OPAS emitiu um alerta epidemiológico em fevereiro deste ano devido ao aumento de casos de oropouche no continente americano, destacando que a maioria dos surtos afetou todas as faixas etárias, com maior incidência em crianças e jovens.
Os sintomas da febre oropouche assemelham-se aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, articulações, muscular, náuseas, vômitos e diarreia. Para um diagnóstico preciso, é necessário considerar aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, excluindo a possibilidade de outras arboviroses.
O tratamento da febre oropouche consiste em repouso, hidratação e medicamentos para aliviar os sintomas, uma vez que não existe um tratamento específico para a doença. É fundamental que os pacientes sejam acompanhados por profissionais de saúde.
As medidas preventivas para a febre oropouche são semelhantes às da dengue, incluindo evitar áreas com muitos mosquitos, utilizar roupas que cubram o corpo, repelentes e eliminar possíveis criadouros de mosquitos. Em caso de casos confirmados na região, é essencial seguir as orientações das autoridades de saúde local e buscar assistência médica imediata em caso de sintomas suspeitos.
Compartilhe essa informação e ajude a conscientizar a população sobre a febre oropouche e a importância da prevenção. Juntos, podemos combater a propagação dessa doença e proteger a saúde de todos.