A situação da dengue na Bahia tem se mostrado preocupante, com a confirmação de mais duas mortes pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) nesta sexta-feira (15/3). Os óbitos ocorreram em Santo Antônio de Jesus e Santo Estêvão, evidenciando a gravidade da epidemia no estado.
De acordo com dados da Divep, a Bahia conta atualmente com 175 municípios em estado de epidemia de dengue, enquanto outros 67 estão em situação de risco e 18 em alerta. Até o dia 9 de março de 2024, foram registrados 45.386 casos prováveis da doença, representando um alarmante aumento de 307,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Além da dengue, a Chikungunya também tem sido motivo de preocupação, com 3.918 casos prováveis notificados no estado no mesmo período. Em comparação com o ano anterior, houve uma redução de 17,5% no número de casos da doença, totalizando 4.747 ocorrências em 2023. Por outro lado, os casos de Zika apresentaram um aumento de 38,2%, saltando de 335 casos prováveis em 2023 para 463 casos prováveis em 2024.
Segundo a Sesab, a Bahia possui um dos menores índices de letalidade por dengue em todo o país, com uma taxa de 1,46%, em contraste com a média nacional de 3,09%. Esse cálculo é realizado com base nos casos notificados que evoluem para a forma grave da doença, refletindo a eficácia das medidas de combate e prevenção adotadas no estado.
Até o momento, a Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito da Sesab confirmou 14 óbitos por dengue em diversas cidades da Bahia, incluindo Jacaraci (2), Vitória da Conquista (3), Barra do Choça (1), Feira de Santana (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Piripá (1), Santo Antônio de Jesus (2) e Santo Estêvão (2). Em relação à Chikungunya, foram registradas duas mortes nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú, enquanto nenhum óbito por Zika foi confirmado.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que as autoridades de saúde intensifiquem as ações de prevenção e controle dessas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A população também deve colaborar, adotando medidas preventivas em seus domicílios e contribuindo para a eliminação de possíveis criadouros do vetor.
A disseminação dessas arboviroses representa um desafio para a saúde pública, exigindo um esforço conjunto de todos os setores da sociedade para enfrentar essa realidade. A prevenção continua sendo a melhor estratégia para evitar a propagação dessas doenças e proteger a população contra seus impactos devastadores.