A Secretaria de Saúde do estado (Sesab) informou na última sexta-feira (15/3) que mais dois óbitos por dengue foram registrados na Bahia. As fatalidades ocorreram em Piripá, município localizado no sudoeste do estado. O boletim anterior, divulgado na quinta-feira (14/3), já havia contabilizado casos fatais em Santo Antônio de Jesus e Santo Estêvão.
De acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), 175 municípios baianos estão em situação de epidemia de dengue. Outros 67 estão em risco e 18 em alerta. Até o dia 14 de março de 2024, foram registrados 54.790 casos prováveis da doença. O ranking de cidades com maior número de óbitos causados pela dengue é liderado por Jacaraci, com 4 mortes, seguido por Piripá e Vitória da Conquista, ambas com três óbitos registrados pela Divep.
Para combater a propagação da doença, a Sesab promoveu, entre os dias 11 e 15 de março, a Semana de Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes aegypti. As atividades envolveram diversas secretarias estaduais e os municípios, com ênfase na limpeza urbana, ações de conscientização em feiras livres e estações de metrô, distribuição de material informativo sobre dengue, chikungunya e zika, além de intervenções em escolas e comunidades.
O Corpo de Bombeiros, em parceria com a Sesab, também desempenhou ações de combate à dengue nas cidades de Barra do Choça e Caculé. Outros municípios estão na programação da corporação, como Belo Campo, Carinhanha, Encruzilhada, Feira da Mata e Caetité. Durante a reunião semanal do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), que reúne representantes da Sesab, Conselho Estadual de Saúde (CES), Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-BA) e outras secretarias, foram apresentados os resultados das ações realizadas.
O repórter Gabriel Nascimento, em entrevista à diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, abordou os fatores que contribuem para a evolução da dengue para quadros graves e, consequentemente, para óbito.
Até o momento, a Bahia contabiliza 16 mortes decorrentes da dengue e a situação permanece preocupante, com um grande número de municípios em estado de epidemia. As autoridades de saúde seguem empenhadas em intensificar as ações de prevenção e controle da doença, buscando reduzir os índices de infecção e mortalidade pela dengue no estado.
A população é orientada a colaborar com os esforços das instituições de saúde, seguindo as recomendações de eliminação de focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti e adotando medidas preventivas para evitar a proliferação da doença. O combate à dengue é uma responsabilidade de todos e demanda a participação ativa da sociedade na preservação da saúde coletiva.