O Papilomavírus Humano, mais conhecido popularmente como HPV, é uma das infecções virais mais comuns em todo o mundo, afetando milhões de pessoas anualmente. Enquanto em muitos casos o sistema imunológico consegue combater o vírus com eficácia, em pacientes imunossuprimidos o controle e a eliminação desse agente patogênico são mais difíceis.
De acordo com a médica reumatologista **Emanuela Pimenta**, do Instituto Bahiano de Imunoterapia (Ibis), isso acontece devido à resposta incompleta ao HPV e à grande capacidade do vírus de “escapar” do sistema imune, deixando o corpo, por mais tempo, exposto à infecção. Em indivíduos imunossuprimidos, as lesões causadas pelo vírus podem ser ainda mais extensas, persistentes e recorrentes.
“Essa infecção está envolvida na ocorrência de diversos outros acometimentos, sobretudo, os com potencial neoplásico para cânceres, como o cervical, anal, vaginal, peniano e orofaríngeo, além do condiloma acuminado e das verrugas genitais”, afirma a médica, reforçando ainda que as estratégias de prevenção recomendadas para esse público requerem uma abordagem multidisciplinar e individualizada para minimizar os riscos associados a essa infecção e garantir a saúde e o bem-estar desses pacientes.
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Isso inclui monitoramento regular para detecção precoce e tratamento de lesões precursoras de câncer, em alguns casos, ajustes na terapia imunossupressora para fortalecer a resposta imunológica do paciente contra o Papilomavírus Humano, a promoção de práticas sexuais seguras, o uso consistente de preservativos e principalmente, a aplicação da vacina, quando apropriado e indicado pelo especialista, de preferência a que contém nove variantes do vírus.
Ainda segundo a Dra. **Emanuela Pimenta**, o paciente deve optar por receber sua dose antes do início do uso de imunossupressores, caso não tenha sido vacinado previamente.
Em suma, a prevenção e o tratamento adequados do HPV em pacientes imunossuprimidos são essenciais para evitar complicações sérias, como o desenvolvimento de cânceres. É fundamental que haja uma abordagem integrada, envolvendo profissionais de diferentes áreas, para garantir o cuidado adequado a esses indivíduos vulneráveis.
Dessa forma, a conscientização sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz do HPV em pacientes imunossuprimidos é fundamental para proteger a saúde e o bem-estar dessas pessoas. A orientação médica especializada, a vacinação adequada e o acompanhamento contínuo são medidas essenciais para reduzir os riscos associados a essa infecção viral e garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes afetados.
Diante disso, é fundamental que o poder público, as instituições de saúde e a sociedade como um todo estejam engajados na promoção de estratégias eficazes de prevenção e controle do HPV, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como os pacientes imunossuprimidos. A informação e a educação sobre esse tema são cruciais para reduzir a incidência e o impacto do Papilomavírus Humano na saúde pública.