A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia informou, no último sábado (20/4), que o estado registrou 45 mortes devido à dengue. Os dois últimos óbitos foram notificados em moradores de Caculé e Ipiaú. O aumento no número de vítimas fatais foi observado em diferentes regiões, incluindo Vitória da Conquista, Bom Jesus da Lapa e Juazeiro, conforme relatado ontem (19/4).
De acordo com a Sesab, a Bahia apresenta uma taxa de letalidade de 2,8%, que é inferior à média nacional. A distribuição dos casos fatais foi detalhada da seguinte maneira: Vitória da Conquista (10), Jacaraci (4), Juazeiro (4), Feira de Santana (3), Piripá (3), Barra do Choça (2), Caetité (2), Santo Antônio de Jesus (2), Bom Jesus da Lapa (1), Caculé (1), Caetanos (1), Campo Formoso (1), Carinhanha (1), Coaraci (1), Encruzilhada (1), Guanambi (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Ipiaú (1), Palmas de Monte Alto (1), Santo Estevão (1), Seabra (1) e Várzea Nova (1).
EPIDEMIA NO ESTADO
Diante da atual epidemia de dengue enfrentada pela Bahia, a Sesab anunciou a implementação de ações emergenciais, bem como medidas de médio e longo prazos para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, e garantir assistência à saúde em toda a região. Entre as ações em andamento estão a distribuição de larvicidas, equipamentos, medicamentos e veículos fumacês para reforçar o combate aos focos do vetor.
Além disso, são realizadas capacitações com a rede assistencial para o manejo clínico de arboviroses e aquisição de repelentes para gestantes cadastradas na atenção básica dos municípios como parte das estratégias para conter a propagação da doença.
SITUAÇÃO NO BRASIL
O Brasil atingiu a marca de 1.601 óbitos confirmados por dengue em 2024, conforme dados publicados pela Agência Brasil. Além disso, há mais duas mil mortes em processo de investigação, o que totaliza 3,6 mil óbitos confirmados ou suspeitos até o momento. Os números representam um aumento de 35% em relação ao ano anterior, que registrou 1.179 mortes pela mesma causa.
A incidência de casos prováveis da doença também cresceu, chegando a 3,535 milhões em 2024, em comparação com 1,649 milhão em 2023 – um aumento de 114%. O coeficiente de incidência de casos por 100 mil habitantes subiu de 773 em 2023 para 1.741 casos prováveis por 100 mil brasileiros em 2024.
As mulheres são os mais afetadas pela dengue, com 55% dos casos prováveis registrados em indivíduos do sexo feminino, em contraste com 44% do sexo masculino. A faixa etária mais atingida é de 20 a 29 anos, com 358 mil mulheres nessa faixa etária afetadas, frente a 299 mil homens.
Apesar do aumento significativo nos casos e óbitos, a letalidade da doença em relação ao total de casos apresentou uma leve redução, passando de 4,83% em casos graves em 2023 para 4,35% em 2024. Já a letalidade dos casos prováveis diminuiu de 0,07% para 0,05% no mesmo período.
Em síntese, a dengue continua representando um desafio à saúde pública tanto na Bahia quanto em todo o Brasil, exigindo ação coordenada e eficaz para reduzir a incidência da doença e proteger a população. O combate ao mosquito transmissor e a conscientização da população são medidas essenciais para conter a propagação do vírus e evitar novas mortes.
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