No dia 3 de outubro, o palco do Teatro Molière, na Aliança Francesa de Salvador, será tomado por uma profunda e sensível reflexão sobre a vida, a morte e o papel da arte. As atrizes Cristina Leifer e Christiane Veigga apresentam uma parte das dramaturgias de suas obras em construção, “Danço para minha mãe” e “Atrizes”, como parte de um processo criativo colaborativo, onde o público é convidado a participar ativamente dessa construção.
As peças, que têm como tema central a fronteira entre ficção e realidade e a inevitável finitude da vida, estão sendo desenvolvidas desde 2023. A apresentação do dia 03 é uma mostra desse trabalho em processo, com uma proposta inovadora de interatividade com a plateia. Segundo Cristina Leifer, co-autora do projeto, “se nossas obras artísticas são espelhos da humanidade, queremos saber o que estamos refletindo”.
A dramaturgia do eu como inspiração
A ideia por trás de “Danço para minha mãe” nasceu a partir de uma experiência pessoal vivida por Cristina Leifer. Após lidar com a perda de sua mãe, que passou seus últimos momentos em estado vegetativo, Cristina decidiu transformar essa experiência dolorosa em dramaturgia. Essa proposta parte da “dramaturgia do eu”, uma escrita que nasce do afeto e da subjetividade.
Em paralelo, Christiane Veigga, que enfrentou um câncer de mama durante a pandemia, encontrou na arte um canal para ressignificar suas vivências. Juntas, as atrizes decidiram compartilhar suas experiências através de um “teatro do absurdo que é a vida”, como define Christiane.
Encontro de vidas e narrativas
O reencontro de Cristina e Christiane se deu no momento em que ambas estavam em processo de transformação pessoal, marcados pelas dores que a pandemia trouxe e pelos desafios enfrentados. O que começou como uma troca de vivências, logo se transformou em uma parceria artística, que culminou na criação de “Atrizes”, peça que aborda a resiliência e a continuidade da vida mesmo diante de adversidades.
Quando Christiane recebeu um novo diagnóstico de câncer, a colaboração entre as duas atrizes ganhou ainda mais profundidade. A pergunta que permeia suas discussões é: “Como continuar apesar da dor?”. É nesse ponto que a arte entra como uma ferramenta de cura e expressão.
Uma apresentação em construção
No primeiro semestre de 2024, as atrizes realizaram uma apresentação experimental dessas peças, como parte do projeto Dramaturgias do Eu, focado na escrita subjetiva. Agora, no dia 3 de outubro, o público será novamente convidado a participar desse processo criativo, tornando-se parte da elaboração das cenas e diálogos.
“Essa abertura de interlocução com o público é um ato de vulnerabilidade”, destaca Leifer, referindo-se à proposta de abrir espaço para que os espectadores ajudem a construir o texto em tempo real. Ao final da apresentação, haverá um bate-papo com o psiquiatra Antônio Nery Filho e a enfermeira paliativista Paola Mercer, enriquecendo a troca de experiências sobre os temas abordados nas peças.
Serviço
O que? Apresentação em processo das peças “Danço para minha mãe” e “Atrizes”
Quem? Cristina Leifer e Christiane Veigga
Quando? 3 de outubro de 2024, às 19h
Onde? Teatro Molière, Aliança Francesa de Salvador (Barra)
Ingressos? R$ 40,00 (inteira), disponíveis no Sympla.
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