Bahia ganha centro de atendimento especializado ao autista

Por Redação
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O Centro de Referência Estadual para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (Cretea) será inaugurado em Salvador no próximo dia 28. O contrato de gestão da unidade foi assinado nesta sexta-feira (11) pelo secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, e por representantes da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, organização social que vai coordenar o centro.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), há cerca de 70 mil autistas na Bahia. Com a inauguração do Cretea, que vai funcionar no bairro do Campo Grande, os pacientes com esse tipo de transtorno vão ter atendimento especializado, com uma equipe multiprofissional. Familiares dos autistas também receberão apoio dos profissionais. “É o primeiro centro a ofertar serviços docente e assistencial”, afirma a presidente de honra da Liga Álvaro Bahia, Rosina Bahia.

A unidade – que conta com investimentos em torno de R$ 1,2 milhão para reforma e requalificação do imóvel e R$ 303 mil para manutenção mensal do serviço – funcionará também como um espaço para capacitação de profissionais para o atendimento às pessoas com Transtorno do Espectro Autista em todo o estado da Bahia.

De acordo com a diretora do Cretea, a pediatra Adriana Cardoso, no primeiro mês será realizado acolhimento dos pacientes, cadastramento e, na sequência, começarão os atendimentos, com previsão para contemplar 200 pessoas por mês e cerca de 4 mil procedimentos, uma vez que cada paciente realiza vários tipos de atividades.

Autismo

A ONU estima que exista, em todo o mundo, cerca de 70 milhões de autistas. Hoje, considera-se que até 3/4 das pessoas com a doença também têm associado algum grau de deficiência intelectual, principalmente pela falta de estímulo. Quanto à prevalência, estudos relatam cerca de um caso em cada 45 crianças nascidas vivas, podendo ser quatro vezes mais comum em meninos do que meninas.

O transtorno do desenvolvimento, que se manifesta tipicamente antes dos três anos de idade, afeta o desenvolvimento psiconeurológico, comunicação, condutas comportamentais e convívio social. O comprometimento pode ser muito grave e estar associado à deficiência mental, ou tão leve que o portador do transtorno consegue levar uma vida próxima do normal.

por Agora na Bahia

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