Parece brincadeira com a expectativa de mudança dos brasileiros, mas é uma informação verdadeira e, cientificamente, explicada. O ano de 2016 vai durar um segundo à mais do que o normal, pois o minuto final precisa de segundo extra para compensar a rotação da Terra que está diminuindo gradualmente. Se há alguma bronca, que seja dada aos especialistas que fizeram o estudo.
A velocidade da Terra sob seu próprio eixo é oscilante. O Tempo Atômico Internacional (TAI), medido por cerca de 200 relógios atômicos precisos espalhados pelo mundo, deve ficar alinhado ao tempo de rotação terrestre. O TAI é usado para determinar o Tempo Universal Coordenado (UTC, na sigla em inglês), base para mediação de tempo oficial no mundo inteiro, incluindo o Brasil. É a hora que todos nós vemos nos relógios de pulso, celulares e computadores.
Por que precisamos de um segundo extra?
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Um dia astronômico é marcado de acordo com tempo que a Terra leva parar girar sobre si mesma, a rotação. A duração desse tipo de movimento do nosso planeta oscila de um ano para o outro. Isto é ocorre por fatores que incluem as forças gravitacionais da Lua e sobre a Terra e outros eventos geológicos, como terremotos e até o congelamento e derretimento das camadas de gelo.
Com uma rotação mais lenta, o tempo fica fora de sincronia com o TAI. Os relógios de todo o mundo não ficariam sincronizados, no próximo ano, com a duração aproximada de um dia inteiro na Terra, ou seja, 24 horas.
Além disso, os computadores também tem culpa do tempo extra de 2016. O sistema da nossa tecnologia segue regras e metodicamente um segundo depois das 23:59:59, a máquina interpreta que um novo dia começa.
Se o tempo mundial pedir com computares mostrem um segundo a mais, ou seja 23:59:60, o sistema pode reconhecer isso como um erro, podendo causar danos nos computadores do mundo inteiro, o chamado bug do milênio. Em 2010, na Alemanha cerca de 30 milhões de pessoas tiveram os cartões de crédito e débito cancelados, pois os computadores não reconheceram a entrada de 2010.
No Brasil, o segundo não acontecerá a meia-noite, em decorrência do fuso horário. O segundo extra deve acontecer na mudança de horário, entre 21h59 e 22h de 31 de dezembro.
“Este segundo extra, ou Leap Second, torna possível alinhar o tempo astronômico, que é irregular e determinado pela rotação da Terra. O UTC é extremamente estável e é determinado por relógios atômicos desde 1967″, afirmou o Observatório de Paris em um comunicado oficial.
A sincronização do tempo é de responsabilidade do observatório parisiense. A atividade é realizada pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS).
Com informações da Veja