Até o final de 2023, carros eletrificados (híbridos e elétricos) estavam isentos de imposto de importação. No entanto, a situação mudou em 2024, quando o governo federal decidiu reintroduzir gradativamente o tributo. O próximo aumento está planejado para julho.

Essa medida foi tomada para incentivar a venda de veículos fabricados no Brasil, mas pode impactar negativamente os compradores.

A alíquota do imposto para carros elétricos importados passou de 10% para 18%. Até o momento, nenhuma montadora produz veículos elétricos no Brasil, com exceção da BYD, que confirmou planos de fabricação local. Como resultado, é praticamente certo que o custo adicional será repassado ao consumidor.

No caso dos híbridos leves e plug-in, o imposto aumentará ainda mais, de 12% para 25% e de 12% para 20%, respectivamente. Em julho de 2025, está previsto um novo aumento para 25% para os veículos elétricos. O último ajuste está programado para julho de 2026, elevando a taxa para 35% para todos os carros eletrificados importados.

A BYD manteve os mesmos preços observados em meados de 2023 até o momento. A montadora chinesa ainda não repassou o aumento do imposto para os compradores, mas a situação pode mudar a partir de julho.

Consumidores que reservarem ou comprarem um carro elétrico ou híbrido em junho podem ter uma última chance de adquirir o veículo por um preço mais baixo.

Mesmo com o aumento do imposto, o Brasil se destaca como o principal destino de exportação de carros elétricos e híbridos da China.

O aumento do imposto também incentivou marcas interessadas em fabricar veículos híbridos e elétricos no Brasil para evitar a tributação de importação. Empresas como a chinesa BYD e GWM estão próximas de começar a produzir eletrificados no país, talvez ainda em 2024. Espera-se que mais empresas sigam essa tendência nos próximos anos.