A região Sul do Brasil experimenta aumento de extremos de chuvas desde 1950, conforme estudo realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em parceria com o Met Office do Reino Unido. Esse estudo, apoiado pela FAPESP por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC), revelou um aumento na frequência e magnitude de extremos de precipitação, podendo desencadear processos geo-hidrológicos, como inundações.
Observações indicam que a região Sul do Brasil apresentou, entre 1950 e 2018, um aumento significativo na intensidade de chuvas, com grandes áreas contíguas registrando precipitações acima de 10 milímetros, com acréscimos de cerca de 2 milímetros por década. Esses resultados corroboram a relação entre o aumento da temperatura e a ocorrência de chuvas intensas, acelerando o ciclo hidrológico.
Estudos de projeção revelaram que o aquecimento atmosférico entre 1,5º C e 4º C acarretará mudanças na distribuição de chuvas no Brasil, aumentando o risco de deslizamentos e inundações repentinas. As regiões mais impactadas serão o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com Porto Alegre e Vale do Jataí sendo as localidades mais críticas em relação a inundações. Essas projeções estão alinhadas com relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), destacando a necessidade de medidas preventivas e preparação para lidar com chuvas intensas cada vez mais frequentes.
Para acessar os artigos que discutem as mudanças observadas nos índices de extremos climáticos e a análise de risco de desastres hidrogeometeorológicos em cenários de aquecimento global, acesse os links disponíveis.
Informações da Agência FAPESP
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